Até sexta-feira, dia 8 de novembro, o Cardeal Patriarca Emérito de Lisboa, D. Manuel Clemente, está a orientar o retiro destinado ao Clero da Diocese de Viseu, que teve início na passada segunda-feira à noite e que está a decorrer no Seminário Maior, no qual estão a participar mais de 50 sacerdotes e diáconos.
“É um retiro sobre Deus, que se prolonga à ação da Igreja, com os exemplos insubstituíveis de Maria, que acolhe Jesus Cristo e o põe no mundo, e de José que o acompanha. É também um símbolo daquilo que nós pastores havemos de ser, servindo através de Jesus e transmitindo aos outros aquilo que é o básico na religião cristã, temas sobre os quais nunca nos cansamos de meditar, porque são imensos e têm aplicação em todas as circunstâncias”.
Para D. Manuel Clemente, que já esteve várias vezes na Diocese de Viseu, da qual leva “sempre uma boa recordação”, estes retiros de formação “são muito importantes” porque, na sua opinião, trata-se “de fazer o que próprio Jesus fazia”.
“De certa maneira, olhando o Evangelho, Jesus está sempre retirado com Deus Pai e é a partir daí que Ele atua, dizendo para cumprir a vontade do Pai. Nós somos enviados a ser testemunhas de Jesus Cristo e do amor de Deus”, reforça.
Têm sido dias de aprendizagem, oração e reflexão que o orientador espera que continuem depois no dia-a-dia, na diocese e nas várias paróquias que a compõem.
D. Manuel Clemente profere conferência amanhã
Aproveitando a sua presença em Viseu, D. Manuel Clemente vai proferir a conferência “Seminário, uma história que continua”, amanhã, dia 7 de novembro, no auditório do Seminário Maior de Viseu. Durante a palestra vai abordar o percurso do Seminário Maior de Viseu, que há 200 anos foi instalado no atual edifício, antigo convento dos padres do Oratório de São Filipe de Néri.
“O Seminário nasceu junto à Sé de Viseu, no final do século XVI, e depois é que transitou para o antigo convento dos oratorianos. Irei falar sobre a história, como aconteceu a mudança e como foi correspondendo às necessidades de cada época, nos séculos XVIII, XIX e XX, abordando também a perspetiva do que são hoje os seminários”, contextualiza.
Na sua opinião, “o que os seminários tentam é refazer, com os que se vão formar para a vida pastoral, aquilo que Jesus fez com aquele grupo que também escolheu e que ele chamou para andar com ele, os apóstolos, para aprenderem e para os enviar em missão”.