A Diocese de Viseu deu início ao Ano Santo Jubilar da Esperança, no dia 29 de dezembro, com a proteção da Sagrada Família de Nazaré, marcado pela fé, entusiasmo, festa e por uma imensa multidão que peregrinou desde o Seminário Maior de Viseu até à Igreja Mãe da Diocese, para entrar solenemente na Catedral e celebrar a Eucaristia Jubilar.
Agradeço ao povo santo dos batizados, que vive na nossa diocese, o modo pronto e empenhado como respondeu ao convite. Uma multidão inundou a Sé e ao ser aspergida pela água santa recordou o seu Batismo e cantou jubilosamente: “Vós que fostes batizados em Cristo estais revestidos da luz, Aleluia!”.
Foi uma apoteose de fé emoldurada pelo sinal da esperança, que marcará os anais da história da Igreja de Viseu e que se tornará evidente ao longo das próximas décadas.
Contemplando o rosto de Cristo misericordioso, levantou-se o sinal da esperança: “Salve, Cruz de Cristo única Esperança!”. Somos convidados a fazer este caminho praticando as obras da misericórdia e de caridade para com o próximo.
O povo de Deus reunido, como verdadeira Igreja de Cristo, tornou-se presente através da vida das crianças, dos jovens, dos adultos, das famílias, do clero, dos consagrados, dos seminaristas e dos leigos.
Gostaria de realçar a grande presença de jovens, escuteiros, dos movimentos, das obras e irmandades eclesiais que se fizeram representar em grande número.
Também deixo uma palavra de gratidão à organização deste evento, que com as suas iniciativas, criatividade e esforços proporcionaram tão grande festa na Diocese de Viseu.
No contexto deste novo Ano Jubilar, desejo a todas as forças vivas da Diocese, crentes e pessoas de boa-vontade, votos de um próspero Ano Novo marcado pela esperança em caminho de santidade.
Aproveito, ainda, para vos convidar a ler a mensagem do Papa Francisco para a celebração do Dia Mundial da Paz que se celebrou no dia 1 de janeiro. Peço aos sacerdotes que continuem a incluir uma intenção especial pedindo a paz para os nossos corações, para as famílias, para a Igreja, para os países que mais dela carecem e para a humanidade que anseia por este dom que nos é oferecido pelo Príncipe da Paz.
Imploro a proteção da Santa Mãe de Deus para todos aqueles que vivem e visitam o território da nossa Diocese. O Papa aponta o caminho da esperança com três ações possíveis: através da oração para a remissão dos nossos pecados, a vivência do Ano Jubilar e trabalhar juntos para alcançar a meta da paz.
“Perdoa-nos as nossas ofensas, Senhor, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e, neste círculo de perdão, concede-nos a tua paz, aquela paz que só Tu podes dar para aqueles que deixam o seu coração desarmado, para aqueles que, com esperança, querem perdoar as dívidas aos seus irmãos, para aqueles que confessam sem medo que são vossos devedores, para aqueles que não ficam surdos ao grito dos mais pobres”, como nos indica a mensagem o Papa.
+D. António Luciano, Bispo de Viseu