O Bispo da Diocese de Viseu, D. António Luciano, celebrou durante a tarde de hoje, dia 12 de fevereiro, a Eucaristia por ocasião do Dia Mundial do Doente, concelebrada pelo capelão, Padre João Pedro Cardoso, na capela do Hospital de São Teotónio, em Viseu.
A celebração, que foi transmitida aos doentes através do circuito interno de televisão do hospital, contou com a presença de profissionais de saúde, entre eles os alunos do 4.º curso de enfermagem da Escola Superior de Saúde de Viseu, e de voluntários da Associação dos Voluntários do Hospital de São Teotónio, da Liga de Amigos e Voluntariado da ULS Viseu Dão Lafões e da capelania.
A poucos dias de se comemorar a memória liturgia do padroeiro da diocese e da cidade, São Teotónio, que dá também o nome a esta instituição de saúde, o Bispo apelou a que os cuidados ali prestados se inspirem na bondade e caridade deste santo. “Que este hospital continue a ser humano e bondoso à semelhança de São Teotónio, que lhe dá o nome”, disse, apelando à “humanização dos cuidados de saúde”.
O Bispo dirigiu palavras de alento e esperança a todos os doentes, recordando as palavras do Papa Francisco “que convidam a refletir sobre a presença de Deus junto dos que sofrem, a partir da valorização do encontro, do dom e da partilha”. “Todos os doentes devem ser tratados com dignidade e devem ser dadas todas as ferramentas necessárias aos cuidadores e profissionais para exercerem o seu trabalho”, reforçou, recordando o Dia Mundial da Saúde que se celebrou ontem.
“A humanização dos cuidados de saúde, a promoção da verdadeira qualidade de vida, o cuidar, o profissionalismo e o coração desafiam-nos a sair do nosso individualismo e a lutar contra a cultura do descarte e da indiferença”, acrescentou D. António Luciano, referindo-se aos cuidadores como “anjos de esperança”.
Aos voluntários, o Bispo deixou-lhes palavras de gratidão pelo seu trabalho gratuito em prol dos que sofrem. “O voluntariado e a humanização devem levar as instituições católicas e outras a promover uma cultura de gratuidade, opondo-se à cultura da desumanização, do lucro, do descartável e até da promoção da própria morte. A alegria do serviço, como um dom gratuito, é um indicador apontado para se ser voluntário. Por isso, o Papa sabe expressar-lhes o seu agradecimento e encorajamento”, disse.
D. António Luciano lembrou que “o voluntário é um amigo desinteressado, a quem se pode confidenciar pensamentos e emoções, pois é através da escuta que ele cria as condições para que o doente deixe de ser objeto passivo de cuidados, para se tornar um sujeito e protagonista de uma relação de reciprocidade, capaz de recuperar a esperança e disposição para aceitar as novas formas de terapia”.
Na homilia, o Bispo agradeceu ainda à direção do hospital o acolhimento e a colaboração para com a capelania e enalteceu a importância de todos os que trabalham no Centro Hospitalar Tondela-Viseu: membros do Conselho de Administração, direção, médicos, enfermeiros, técnicos de saúde, auxiliares, voluntários e capelães. “São todos peças importantes no bom funcionamento do hospital para que este cumpra a sua missão, que torna mais visível o bem feito em prol do doente”, reforçou.
No final da Eucaristia, o Bispo visitou alguns doentes e deixou-lhes palavras de alento e de esperança.
Ontem, dia 11 de fevereiro, Dia Mundial do Doente, que coincide com a festa litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes, o Bispo presidiu à missa em Fátima, tendo alguns doentes e idosos recebido o Sacramento da Unção dos Doentes.