Open/Close Menu A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

Durante a manhã de hoje, 27 de junho, o Bispo de Viseu juntamente com mais de 50 membros do clero, assim como os seminaristas finalistas, reuniram-se no Seminário Maior para celebrarem a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus e o Dia Mundial de Oração pela Santificação dos Sacerdotes.

O encontro começou com a Hora Intermédia, seguindo-se a conferência ‘Vinde a mim, todos vós que andais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei’, orientada pelo Padre Pedro Silva Guimarães, Provincial dos Padres Vicentinos em Portugal.

O sacerdote começou por fazer uma contextualização histórica da celebração da Solenidade do Sagrado Coração de Jesus. Citando a homilia do Papa Francisco, de 2016, referiu-se a este dia como “a celebração de dois corações: o coração do Bom Pastor e o coração dos padres, que têm em comum o amor de Deus”.

Ao falar do contexto atual e dos desafios que a Igreja e a sociedade enfrentam, o Padre Pedro Guimarães falou “da dificuldade em incarnar o Evangelho na atualidade” e o cansaço dos sacerdotes, que ao trabalharem em várias frentes têm, cada vez menos, tempo para anunciar o Evangelho. “Andamos muito cansados, o mundo também está realmente diferente daquilo que é a nossa história e o descanso. Aprender a confiar Nele, a esperar Nele e a caminhar com Ele parecem ser alertas e necessidades muito urgentes para nós, como padres”, afirmou. O Padre Vicentino considera, ainda, que a atenção a esta mudança é essencial para que os padres possam “falar e viver com alegria este seguimento de Jesus”.

Ao enumerar os desafios que hoje se colocam à vida cristã, mais concretamente à realidade de cada paróquia, o sacerdote defendeu a necessidade dos diagnósticos aplicados às realidades concretas das dioceses, mas que deverão ser acompanhados de execução pastoral. “O meu contributo e a minha convicção é que temos de continuar a fazer bons diagnósticos, porque já o fazemos, mas têm de ser acompanhados cada vez mais de decisões que, às vezes, implicam situações também elas delicadas, mas necessárias para que a Igreja volte a ser cada vez mais missionária”, referiu. Ainda neste contexto, sublinhou que o segredo do caminho está na importância de se saber fazer mais uma boa pergunta, para que se obtenha a resposta desejada.

O Padre Pedro Guimarães referiu ainda a importância de os sacerdotes serem animados pela esperança, realçando as sementes deixadas pela Jornada Mundial da Juventude. “Andamos frágeis, cansados, no meio da incerteza e do medo, mas há uma esperança que nos continua a fortalecer”, frisou.

Durante a celebração da Eucaristia, o Bispo de Viseu, D. António Luciano, falou sobre o reconhecimento do trabalho do sacerdote e a importância de se manter fiel à vocação, com um grande empenho na evangelização, tendo em vista o cuidar do rebanho que lhe está confiado, agindo à semelhança do Bom Pastor, no múnus de ensinar, santificar e governar.

“Nós estamos disponíveis na vocação e na missão para anunciar Jesus Cristo”, realçou o Bispo, acrescentando que o povo quer que Jesus seja anunciado com entusiasmo. “Pelo dom da nossa vocação e da nossa consagração no ministério ordenado, foi-nos dada esta graça e missão, em que o Senhor nos envia como pastores para o mundo, com relevante serviço nas nossas comunidades e atenção aos mais necessitados. É uma graça que tem de ser cuidada, em cada dia, imitando Cristo, o Bom Pastor”, reforçou o Bispo.

Continuar a trabalhar o sim à fidelidade na santidade em cada dia, no exercício do ministério; escutar a Palavra de Deus e ouvir o Espírito, ponto de partida para qualquer discernimento eclesial; fazer caminho da conversão pessoal e pastoral; e escutar e agir em caminho sinodal foram algumas reflexões e desafios novos deixados pelo Bispo ao clero.

O Prelado disse ainda que a Diocese “tem de ter as portas sempre abertas”, apostando num trabalho sinodal, em conjunto, com corresponsabilidade, envolvendo as várias estruturas diocesanas com a colaboração de equipas compostas por leigos, em prol da missão, desafiando também à formação permanente, contribuindo assim para “o aumento de uma vida espiritual séria, de onde vão brotar as vocações para a Igreja”.

O Bispo agradeceu ainda a todos os presentes, realçando a importância do espírito de união e comunhão na Diocese e com a Igreja, “com fé e esperança”, pedindo a Nossa Senhora da Esperança o auxílio necessário para enfrentar os desafios do presente e do futuro.

O encontro terminou com um almoço convívio, servido no Seminário.

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