Open/Close Menu A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

O aniversário da festa da dedicação da Catedral da Diocese de Viseu celebra-se no dia 23 de julho. É um dia que deve ser assinalado como solenidade na celebração da Eucaristia na Sé e como festa nas restantes igrejas e lugares de culto da Diocese.

A Igreja é um edifício em construção, todos os dias e em todas as latitudes, procurando a conversão dos fiéis e a renovação espiritual e eclesial do povo de Deus e das suas instâncias.

Que seja, na verdade, um dia solene de louvor à Santíssima Trindade, para cantarmos as maravilhas do Senhor como povo reunido, na casa de oração, templo feito de pedras, onde a Igreja Corpo de Cristo se reúne, celebra a fé, promove a esperança e exerce o testemunho da caridade.

A Igreja é mãe, mestra e educadora de todos os batizados, que em Cristo se tornam filhos de Deus, irmãos em Jesus Cristo e templos do Espírito Santo.

É um “sacramento universal de salvação”, presente no mundo, que cumpre o mandato de Jesus: “Ide por todo o mundo e anunciai o Evangelho a todas as criaturas, ensinai-as e batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Esta continua no mundo a missão de Jesus Cristo: “ensinar, santificar e governar”.

A missão de ensinar recorda-nos que a Igreja, pela escuta da palavra, como mãe, gera os seus filhos para a vida da graça. Esta maternidade espiritual tem o dever de educar os fiéis como seus filhos na fé e na “esperança que não engana”, na busca da verdade, oferecendo firmeza e confiança no Senhor. É ela que define a natureza da Igreja e a nossa raiz identitária como cristãos.

O percurso para o batismo faz-se através de um processo catecumenal, em caminho de ‘iniciação cristã’, realizado através da evangelização, da catequese e da formação cristã no quotidiano.

A Igreja é constituída pelos fiéis cristãos, o povo de Deus, disperso por todos os lugares do mundo, em sinal de esperança e de luz, chamado a construir o verdadeiro edifício espiritual, que deve transformar a sociedade num mundo melhor.

Presente em todas as paróquias, comunidades e estruturas, a Igreja constitui o único povo de Deus, peregrino sobre a terra. A Igreja é chamada também de vinha santa, o campo de Deus, o rebanho do Senhor, a comunidade dos filhos batizados, que constituem o Corpo de Cristo gerado pela fé nas fontes da salvação, através dos ritos da iniciação cristã.

A Igreja gerou-nos na esperança e na caridade e fez-nos participar no mistério de Deus, através do dom do batismo, num processo de catecumenado pessoal ou comunitário, através da fé e testemunho das comunidades, das famílias, dos pais e padrinhos.

Nascemos no dia do batismo como Filhos de Deus, irmãos de Jesus Cristo e templos do Espírito Santo.

A iniciação cristã é um itinerário proposto pela Igreja, que nos faz crescer através da evangelização, da escuta da Palavra, da catequese, da formação cristã, da oração, dos sacramentos, da disponibilidade para o serviço e do testemunho da santidade.

A Igreja peregrina, presente na Diocese de Viseu, convida o seu povo, neste Ano Santo Jubilar de Esperança, a peregrinar até ao Santuário de Nossa Senhora de Lourdes, de 27 a 30 de julho. Os que vão participar na peregrinação devem antecipadamente contactar o seu pároco para tomarem conhecimento do verdadeiro programa. Peço a todo o povo de Deus, presente na Diocese, que mesmo não participando fisicamente nesta peregrinação diocesana, viva esta semana unido na oração com todos os peregrinos. Em caminhada jubilar, pedimos, por intercessão de Nossa Senhora de Lourdes, as maiores bênçãos para a Diocese, os sacerdotes, as famílias e os jovens, que também farão a sua peregrinação jubilar a Roma.

Recordo que no dia 27 de julho celebra-se o Dia Mundial dos Avós e Idosos, que este ano acolhe a primeira Mensagem do Papa Leão XIV, na qual realça a importância deste dia, mas também denuncia a solidão e abandono dos mais velhos, apelando a uma “mudança de atitude” na relação que deve implicar mais responsabilidade por parte de toda a Igreja.

Rezemos pela Igreja para que seja viva nos seus membros e rica em vocações sacerdotais, missionárias e religiosas e em famílias, que sejam verdadeiras “Igrejas domésticas”.

+ António Luciano, Bispo de Viseu

(Artigo publicado na edição de 17.7.25 do Jornal da Beira)

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