Open/Close Menu A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

Jesus, Maria e José, socorrei-nos e salvai-nos!

Querido povo Santo de Deus, reunido na Festa da Sagrada Família. Somos Peregrinos da vida e da Esperança em Jesus, nosso Salvador.

A nossa Peregrinação Jubilar chegou ao fim e o Ano Santo da Graça Jubilar da Esperança está a encerrar com solenidade. O Senhor repete hoje: “Eis que venho renovar todas as coisas”.

Cheios deste Espírito de Vida voltaremos às nossas casas, às nossas paróquias, aos nossos trabalhos, às nossas escolas, aos nossos compromissos humanos, profissionais, espirituais, pastorais e sociais com o coração cheio e inflamado pelo júbilo na esperança da Páscoa. Jesus Cristo Ressuscitado é a fonte da nossa Esperança, a Porta Santa que está sempre aberta para cada um de nós.

O Ano Santo Jubilar deixa marcas muito profundas em todos nós, nas muitas celebrações jubilares, desde a Bula do Papa Francisco, a abertura e a vivência até este momento. O Jubileu foi um tempo de conversão, de renovação, de graça, de peregrinação e de bênção, que não esgotou a fonte da “Esperança que não engana” (Rm 5,5).

Recordemos o Papa Francisco que convocou o Ano Santo Jubilar da Esperança e que viveu intensamente este dom, assim como o incentivo para a Igreja viver com alegria e testemunho o caminho sinodal.

Recordemos a sua partida para a Casa do Pai, fonte de eterna esperança. O Papa Leão XIV dando continuidade ao caminho sinodal vai encerrar o Jubileu com palavras profundas de esperança, num apelo à paz universal.

“O peregrino precisa de uma meta que oriente a sua viagem: uma meta bonita, atraente, que guie os seus passos e o revigore quando está cansado, que reavive sempre no seu coração o desejo e a esperança. No caminho da existência, esta meta é Deus, Amor infinito e eterno, plenitude de vida, de paz, de alegria e de todo o bem” (Papa Leão XIV, 15/08/2025).

A Palavra de Deus convida-nos a estarmos atentos aos sinais de Deus. “José levantou-se de noite, tomou o Menino e sua Mãe e partiu para o Egipto e ficou lá até à morte de Herodes”. […]. “Avisado em sonhos, retirou-se para a região da Galileia e foi morar numa cidade chamada Nazaré”.

No ambiente da Casa de Nazaré contemplemos a vida de Jesus onde “crescia em sabedoria, estatura e graça” e as virtudes da Sagrada Família modelo de vida e de santidade para todas as famílias.

A Carta aos Colossenses apresenta-nos um programa de vida: “Como eleitos de Deus, santos e prediletos, revesti-vos de sentimentos de misericórdia, de bondade, de humildade, mansidão e paciência. Suportai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente, se algum tiver razão de queixa contra outro. Tal como o Senhor vos perdoou, assim deveis fazer vós também. Acima de tudo revesti-vos da caridade que é o vínculo da perfeição” (Cl 3,12).

No encerramento do Jubileu da Esperança aprendamos a lição da fé, da oração, do silêncio e olhemos para o nosso mundo envolvido em guerras, conflitos, violências e tantas desordens morais, com um olhar de esperança e de compaixão.

Criemos relações fraternas e sadias nas nossas famílias, lutando contra o individualismo, o egoísmo, a indiferença, a divisão, o descarte e a violência doméstica. Com fé e esperança digamos: “Família torna-te aquilo que és”! Comunidade de vida e de amor, santuário de graça.

“Os esposos cristãos são cooperadores da graça e testemunhas da fé um para o outro, para com os filhos e demais familiares”. Deus convida-os a gerar e a cuidar. A vida em casal é uma participação na obra de Deus, e cada um é para o outro uma permanente provocação do Espírito.” (AL, 321).

Confiemos as nossas famílias à Sagrada Família e rezemos: “ Jesus, Maria e José, em vós contemplamos o esplendor do verdadeiro amor, confiantes, a vós nos consagramos. Sagrada Família de Nazaré tornai também as nossas famílias lugares de comunhão e cenáculos de oração, autênticas escolas do Evangelho e pequenas igrejas domésticas. Sagrada Família de Nazaré, que nunca mais haja episódios de violência, de rejeição e divisão nas famílias e quem foi ferido ou escandalizado seja prontamente consolado e curado. Sagrada Família de Nazaré, ajuda-nos a perceber a natureza sagrada e inviolável da família e a sua beleza no projeto de Deus” (Papa Francisco).

Sejamos “Protagonistas da Mudança”. Vivamos a profecia da esperança ao transmitir a fé às novas gerações, com entusiasmo e alegria, inspirados no Evangelho e na Doutrina Social da Igreja, cuidando das famílias, dos idosos, dos pobres, dos doentes, dos indiferentes, dos excluídos e dos migrantes que vivem entre nós. Sejamos verdadeiros construtores da comunhão, da unidade, da paz, do ecumenismo e do diálogo inter-religioso nas famílias e nas paróquias.

Jesus, Maria e José ouvi a nossa súplica pelas famílias que celebram o Jubileu matrimonial de 50, 25, 5 e 1 ano de matrimónio.

No encerramento do Ano Santo Jubilar da Esperança envio-vos em missão a todas as comunidades e entrego-vos o seguinte mandato:

Viver o Plano Pastoral da Diocese em dinamismo missionário, na esperança de construir uma Igreja renovada e de relações fraternas: “Ser Protagonista da Mudança” em todas as paróquias, comunidades, serviços e estruturas.

Criar grupos de oração e estudo da Palavra de Deus, de serviços sócio caritativo, para ajudar os mais desfavorecidos. Promover encontros espirituais sobre quem é Deus, o que é ser cristão, ser Igreja em missão em caminho sinodal.

Renovar a Pastoral Familiar: acolher, formar, integrar e testemunhar a Alegria do Evangelho nas nossas famílias. Transmitir a fé às novas gerações para descobrirem a grandeza da sua vocação cristã.

Dinamizar a Pastoral Juvenil e Vocacional: com a oração e o testemunho de vida e pedir o aumento das vocações sacerdotais, missionárias, religiosas e laicais. Revitalizar o Sagrado Lausperene na Diocese pelas vocações.

Com a bênção de Deus Uno e Trino e com a proteção da Sagrada Família de Jesus, Maria e José, de São Teotónio e da Beata Rita Amada de Jesus, sejamos a verdadeira Igreja doméstica, que vive a “Alegria do Evangelho”.

Sejamos cultivadores jubilosos no campo da Igreja e semeadores de sementes de esperança no mundo em que vivemos.

“O Verbo fez-se Carne e habitou entre nós, da sua plenitude todos nós recebemos”. Salve Mãe da nossa Esperança, obrigado pela graça do Ano Santo Jubilar da Esperança, que Deus nos concedeu e a Igreja nos ofereceu.

Com gratidão, alegria e compromisso jubilar, ensina-nos a construir a Igreja Santa de Jesus Cristo, na “comunhão, na participação e na missão”. Ámen!

Viseu, 28 de dezembro de 2025

+ António Luciano, Bispo de Viseu

CategoryBispo, Diocese, Viseu

© 2016 Diocese de Viseu. Todos os direitos reservados.
Desenvolvimento: scpdpi.com

Siga-nos: