A cerimónia diocesana de encerramento do Jubileu da Esperança decorreu ontem à tarde, 28 de dezembro, na Catedral de Viseu, reunindo o clero, acólitos, movimentos, irmandades, escuteiros e centenas de fiéis numa celebração solene que assinalou o culminar de um percurso espiritual vivido, ao longo deste ano, em especial nas paróquias e instituições diocesanas.
A celebração começou no Adro da Sé, com uma dinâmica promovida pelos jovens, onde foram destacados os significados das cores do Jubileu, com a largada de balões, tendo seguido a procissão para o interior da Catedral composta por movimentos, irmandades e escuteiros, com os seus estandartes e bandeiras, acompanhados pelo clero e pelo Bispo de Viseu, D. António Luciano, que presidiu à Eucaristia.
Na homilia, D. António Luciano pediu que as aprendizagens e vivências do Ano Santo Jubilar não terminem com o encerramento. “Cheios deste Espírito de Vida voltemos às nossas casas, às nossas paróquias, aos nossos trabalhos, às nossas escolas, aos nossos compromissos humanos, profissionais, espirituais, pastorais e sociais com o coração cheio e inflamado pelo júbilo na esperança da Páscoa. Jesus Cristo Ressuscitado é a fonte da nossa Esperança, a Porta Santa que está sempre aberta para cada um de nós”, apelou.
Ao recordar a forma como este tempo foi vivido na nossa Diocese – em especial com as peregrinações arciprestais à Catedral e aos Santuários de Nossa Senhora de Lourdes e de Fátima – o Bispo sublinhou que “o Ano Santo Jubilar deixa marcas muito profundas em todos nós, através das várias celebrações jubilares”, tendo sido vivido “como um tempo de conversão, de renovação, de graça, de peregrinação e de bênção, que não esgotou a fonte da “Esperança que não engana”.
O Bispo pediu que “aprendamos a lição da fé, da oração, do silêncio e olhemos para o nosso mundo envolvido em guerras, conflitos, violências e tantas desordens morais, com um olhar de esperança e de compaixão”, pedindo que se criem “relações fraternas e sadias nas nossas famílias, lutando contra o individualismo, o egoísmo, a indiferença, a divisão, o descarte e todas as formas de violência”, cuidando das famílias, dos idosos, dos pobres, dos doentes, dos indiferentes, dos excluídos e dos migrantes.
Ao recordar o testemunho e legado do Papa Francisco, ao qual o Papa Leão XIV está a dar continuidade, o Prelado pediu que todos continuemos a ser “protagonistas da mudança” e “cultivadores jubilosos no campo da Igreja e semeadores de esperança no mundo em que vivemos”.
Aos diocesanos, o Prelado pediu que vivam o Plano Pastoral em dinamismo missionário, na esperança de construir uma Igreja renovada com relações fraternas; que sejam criados grupos de oração e estudo da Palavra de Deus e de serviços sócio-caritativos, para ajudar os mais desfavorecidos; que sejam promovidos encontros espirituais sobre quem é Deus, o que é ser cristão e ser Igreja em missão em caminho sinodal; que seja renovada a Pastoral Familiar ao acolher, formar, integrar e testemunhar a Alegria do Evangelho nas famílias; que seja dinamizada a Pastoral Juvenil e Vocacional, com a oração e o testemunho de vida, pedindo o aumento das vocações sacerdotais, missionárias, religiosas e laicais; e que seja revitalizado o Sagrado Lausperene na Diocese pelas vocações.
Neste dia da Sagrada Família, o Bispo concedeu a bênção a 12 casais que celebraram as bodas matrimoniais, realçando a importância de todos seguirem as virtudes da Sagrada Família, “modelo de vida e de santidade para todas as famílias”.
A cerimónia, que foi animada liturgicamente pelo Coro São Teotónio, terminou com a bênção final e a distribuição de pulseiras pelos escuteiros, símbolo visível do compromisso de cada um em dar continuidade ao espírito do Jubileu da Esperança nas respetivas comunidades.
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