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Ontem, dia 26 de outubro, as comunidades de Óvoa, Vimieiro, Pinheiro de Ázere e São João de Areias (concelho de Santa Comba Dão) viveram um momento de graça e unidade com a celebração do Jubileu Mariano Interparoquial, presidido pelo Padre António José Clementino, pároco das quatro comunidades.

A celebração, realizada na Casa Quinta do Serrado e que terminou com a procissão até à Igreja Matriz de São João de Areias, marcou o início de um ano de intensa vivência mariana com a consagração solene das paróquias ao Imaculado Coração de Maria, sob o título de Nossa Senhora de Fátima.

O momento teve especial significado com a bênção e entronização de uma nova imagem de Nossa Senhora de Fátima, com 1.30 metros de altura e uma coroa banhada em ouro, generosamente doada pelo casal Alex e Maria da Conceição, que neste mesmo dia celebraram onze anos de matrimónio.

Em gesto de profunda fé e gratidão à Mãe de Deus, o casal cumpriu a promessa feita em agradecimento pelas bênçãos recebidas pela intercessão da Virgem Maria.

A imagem vem enriquecer o património religioso da paróquia de São João de Areias e de toda a unidade pastoral, tornando-se sinal visível da presença e proteção maternal de Maria.

Segundo o pároco, “a antiga imagem continuará a acompanhar a vida das comunidades, integrando a sacristia da igreja paroquial, saindo em procissões e visitações às famílias das quatro freguesias durante o Ano Pastoral 2025/2026”.

Durante a homilia, o Padre António José Clementino destacou que este Jubileu “é um tempo de comunhão e reconciliação, em que celebramos a Fé Mariana como fonte de unidade e serviço entre as nossas paróquias. Ao recordar o seu primeiro ano como pároco destas comunidades, agradeceu de forma especial o trabalho dos conselhos económicos e administrativos, comissões de culto, irmandades, catequistas, ministros da comunhão, coros, grupos litúrgicos, acólitos, mordomias e voluntários. “Sem o vosso serviço humilde, a paróquia não teria a força viva que tem hoje”, sublinhou o sacerdote.

O ato de consagração das quatro paróquias a Nossa Senhora de Fátima foi proclamado diante da assembleia com palavras de confiança e entrega: “Ó Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, tomai sob a vossa proteção maternal as nossas paróquias e todos os vossos filhos; fazei-nos fiéis à Palavra que salva e perseverantes no amor à Igreja.”

Inspirando-se nas palavras do Bispo de Viseu, D. António Luciano, o pároco recordou que “a verdadeira mudança começa no coração e nas relações fraternas que constroem comunhão e esperança”.

O sacerdote mencionou também o Papa Francisco, que ensinou que “a esperança cristã é ativa e faz-nos sonhar juntos”, e o Papa Leão XIV que defende que “anunciar o Evangelho é a mais elevada forma de caridade”, reforçando que “Maria é para nós o modelo de fé, humildade e serviço. Sob o seu manto, queremos continuar a edificar uma Igreja viva, capaz de transformar o mundo com o amor do Evangelho”.

O Jubileu Mariano Interparoquial encerrou-se com um clima de profunda emoção, marcado pela unidade das quatro comunidades e pelo compromisso renovado de “caminhar com Maria, Senhora do Rosário de Fátima, rumo a um futuro de fé, diálogo e esperança”.

Depois dos atos religiosos, seguiu-se um almoço-convívio alusivo aos benfeitores do Centro Social e Paroquial de São João de Areias, tendo o pároco proferido um discurso marcado pela gratidão, pela justiça e pela valorização humana. Num tom de profunda reflexão pastoral e cívica, o sacerdote destacou a importância da gratidão a Deus e ao próximo, sublinhando que “quem reconhece o bem recebido é capaz de o semear”.

Inspirando-se nas Escrituras e em autores portugueses como Fernando Pessoa, António Sérgio, Oliveira Martins, José Tolentino Mendonça e Camões, o sacerdote apelou “à construção de uma sociedade mais justa, solidária e transparente”. Relembrou, ainda, que “o bem comum não é uma soma de interesses, mas o encontro de corações que trabalham pelo mesmo ideal, para que nenhum dos pequenos de Deus seja esquecido”.

Elogiou a direção do Centro, enaltecendo a coragem e a lucidez com que assumiu os desafios da instituição, “transformando dificuldades em sementes de futuro”. Expressou igualmente reconhecimento aos colaboradores, técnicos e funcionários que “com dedicação silenciosa, dignificam a vida dos utentes e fazem da rotina um ato de amor”.

Recordou, de igual forma, os sacerdotes que semearam fé e caridade na comunidade, como “lavradores da alma, cujos frutos continuam a alimentar o presente”.

Terminou, incentivando a perseverança e a união de todos em torno do serviço e do bem comum, assegurando que “servir o outro é a mais bela forma de servir a Deus e agradecer é a oração mais profunda do coração humano.”

Aos benfeitores homenageados ofereceu uma comenda em prata com a inscrição: “a gratidão é a memória do coração”, pedindo a São João de Areias que permaneça uma terra de fé viva e comunhão fecunda, onde a solidariedade continue a ser “a maior herança espiritual desta comunidade.”

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