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Papa Francisco encerrou primeiro dia de visita à Suécia com mensagem para o futuro.

O Papa Francisco sublinhou hoje na Suécia os pontos em que católicos e luteranos coincidem, numa celebração ecuménica pelos 500 anos da reforma protestante.

“Dou graças a Deus por esta comemoração conjunta dos 500 anos da Reforma, que estamos a viver com espírito renovado e conscientes de que a unidade entre os cristãos é uma prioridade, porque reconhecemos que, entre nós, é muito mais o que nos une do que aquilo que nos separa”, disse, perante milhares de pessoas reunidas na Malmo Arena.

Francisco chegou ao local num veículo elétrico, acompanhado pelo presidente da Federação Luterana Mundial (LWF, sigla em inglês), Munib Yunan, o secretário-geral da LWF, Martin Junge, e o cardeal Kurt Koch, presidente do Conselho Pontifício para a Unidade dos Cristãos (Santa Sé).

O Papa elogiou o ambiente de “entendimento” que se vive entre as duas Igrejas, dando como exemplo a “declaração comum” entre a confederação internacional da Cáritas, ‘Caritas Internationalis’, e a homóloga luterana, ‘Lutheran World Federation World’, para a promoção da dignidade humana e da justiça social.

“Saúdo cordialmente os membros de ambas as organizações que, num mundo dividido por guerras e conflitos, foram e são um exemplo luminoso de dedicação e serviço ao próximo”, declarou.

Entre os vários testemunhos da festa ecuménica contou-se o do bispo D. Antoine Audo, bispo caldeu de Alepo, Síria.

O Papa considerou que, “no meio de tanta devastação”, é “verdadeiramente heroica a permanência” dos que prestam assistência material e espiritual aos necessitados no território sírio após cinco anos de guerra civil.

Os participantes ouviram histórias marcadas pelo compromisso em favor da solidariedade, da defesa da dignidade humana e do meio ambiente: uma jovem indiana, um sacerdote colombiano, uma mulher do Burundi e uma refugiada do Sudão do Sul, Rose Nathike Lokonyen, porta-estandarte da primeira equipa olímpica de refugiados, no Rio de Janeiro.

“Para nós, cristãos, é uma prioridade sair ao encontro dos descartados, porque são descartados, e marginalizados do nosso mundo, tornando palpável a ternura e o amor misericordioso de Deus, que não descarta ninguém, mas acolhe a todos”, disse Francisco, após ter-se dirigido a cada um deles.

O Papa quis também agradecer a todos os governos que prestam assistência aos refugiados, aos deslocados e àqueles que pedem asilo, numa passagem muito aplaudida do seu discurso – em espanhol, com tradução em inglês nos ecrãs gigantes.

Para o pontífice argentino, os cristãos das várias Igrejas são chamados a protagonizar a “revolução da ternura”.

Munib Yunan, presidente da LWF, falou num momento “histórico”, em que duas Igrejas passam “do conflito para a comunhão”, enviando uma mensagem de paz “para todo o mundo”.

Francisco iniciou hoje uma visita de dois dias à Suécia, para encontros de reflexão e oração com luteranos e católicos, tendo como pano de fundo os 500 anos da “reforma protestante” iniciada por Lutero.

A viagem conclui-se a 1 de novembro, dia em que a Igreja Católica celebra a solenidade de Todos os Santos, com a Missa presidida pelo Papa no Swedbank Stadion, em Malmo.

OC

CategoryEcumenismo, Papa

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