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«Boas notícias» estiveram no centro da apresentação do 51.º Dia Mundial das Comunicações Sociais.

Júlio Isidro, apresentador e produtor, disse hoje em Lisboa que os media têm a responsabilidade de acreditar na “inteligência” do público e de contrariar o pensamento “dominante”.

“Devemos fazer televisão no apelo à sensibilidade das pessoas” e, sobretudo, “à sua inteligência”, disse o também jornalista, locutor e escritor, na sessão de apresentação do 51.º Dia Mundial das Comunicações Sociais, que a Igreja Católica celebra este domingo.

O encontro com profissionais foi promovido pelo Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, da Igreja Católica em Portugal, decorreu no auditório da Rádio Renascença.

Júlio Isidro disse fazer comunicação “com a vida dentro”, sem ignorar que “nas circunstâncias atuais, as coisas más também existem”.

O profissional aludiu à sua experiência de jornalismo na rádio para sublinhar que “fazer a informação é ser rigoroso em relação à verdade”.

Num tempo de liberdade, acrescentou, é preciso “contar a verdade”, sem deixar de “dar conta” do que está mal.

“Não se deve escarafunchar a dor”, advertiu o apresentador, para quem é fundamental contrariar a tese de que “as boas notícias não são notícia”.

Júlio Isidro recusou a ideia de que os profissionais da Comunicação Social tenham de ir ao encontro “ao gosto médio”, que considera “o gosto abaixo da média”, e desafiou os jornalistas a evitar a “filtragem” em nome de terceiros.

A este respeito, evocou a recente experiência de Salvador Sobral, vencedor da Eurovisão, como exemplo de uma conquista que foi ao “contrário do gosto dominante”.

“As sondagens são apenas números e a comunicação é feito por pessoas, com pessoas e para pessoas que estão do lado de lá”, precisou.

Para o convidado, é necessário “mobilizar o público” para o lado da comunicação social”, sem fazer da TV uma “fábrica de emoções artificiais”.

Graça Franco, diretora de informação da Rádio Renascença, alertou por sua vez para uma “miopia” na análise da realidade, sublinhando em particular a responsabilidade de dar a “boa notícia” da visão cristã do mundo e da existência, com “uma esperança e uma luz para transmitir”

“Não podemos ter medo, por maior que seja a desgraça”, sustentou.

A jornalista afirmou que é preciso acreditar na “verdade” mesmo que as audiências diminuam.

Na mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais 2017, o Papa Francisco desafiou os media e os jornalistas de todo o mundo a passar de uma lógica de “notícias más” para uma da “boa notícia”, rejeitando o sensacionalismo e a exploração dos dramas humanos.

O Dia Mundial das Comunicações Sociais, única celebração do género estabelecida pelo Concílio Vaticano II (decreto ‘Inter Mirifica’, 1963), é celebrado no domingo que antecede o Pentecostes, este ano no dia 28 de maio.

G.I./Ecclesia:OC

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