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O Padre António Magalhães, biblista, fez, nos dois últimos serões da Semana Bíblica, uma leitura do Apocalipse, em paralelo com o que Isabel varanda havia feito do livro do Génesis.
A serpente do Éden é, no Apocalipse, o dragão, que tenta atacar a Mulher que dá à luz. Não podendo nada contra Ela, ataca-nos a nós, tal como a serpente nos atacou em Adão e Eva. Segundo o palestrante, o Apocalipse traz-nos uma “nova leitura” da história da salvação, que é “única”, desde o Génesis ao Apocalipse.
O Éden do Génesis é a Nova Jerusalém do Apocalipse; o crente que, no Éden se esconde de Deus, no Apocalipse pede “vem, Senhor!”
O Apocalipse diz-nos que, no final, seremos vencedores, se purificarmos as vestes no sangue do Cordeiro.
Explicando a simbologia dos números que o Apocalipse apresenta, António Magalhães conduziu os presentes para uma leitura que mostra Deus como o realizador dos impossíveis, para salvar o ser humano que criou, imolando o Cordeiro, que acaba por vencer, sem haver combate.
Todas as cenas e simbólicas do Apocalipse foram apresentadas pelo palestrante como uma antevisão da Liturgia, o louvor presente e perene que os cristãos elevam a Deus, ao longo de todo o ano litúrgico, que culmina e encerra com a Festa de Cristo-Rei, que julga, no fim dos tempos.
Terminou com uma explanação dos três géneros literários que estão incluídos no Apocalipse – carta, profecia e liturgia – para transmitirem uma única mensagem teológica: o louvor a Deus, porque Cristo vem ao nosso encontro, como Salvador, e esse encontro está iminente.
G.I.

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