O mês de agosto iniciou com Santo Afonso Maria de Ligório a cantar as glórias de Maria e a pedir o seu socorro e auxílio para a humanidade. A festa da dedicação da Basílica de Santa Maria Maior, no dia 5 de agosto, lembra também o título que lhe é dado de Nossa Senhora das Neves.
Agora celebramos a Assunção de Nossa Senhora ao céu em corpo e alma, e recordamos as seguintes palavras de Jesus: “em verdade em verdade vos digo, quem ouve a minha Palavra e acredita naquele que me enviou tem a vida eterna e não é sujeito a julgamento, mas passou da morte para a vida” (Jo 5,24).
Maria foi Aquela que acreditou por excelência por isso passou plenamente da morte para a vida ao ser elevada à glória do céu em corpo e alma com todo o seu ser.
Embora esta festa seja muito antiga na tradição e na vida da Igreja e dos cristãos, só em 1950 o Papa Pio XII proclamou o dogma de fé na Assunção da Virgem Maria.
Ao terminar a Sua missão na terra, Maria, a Imaculada Mãe de Deus, “foi elevada em corpo e alma à glória do céu” (Pio XII), sendo assim foi a primeira criatura humana a alcançar a plenitude da salvação. Esta glorificação de Maria é uma consequência natural da sua Maternidade Divina: Deus “não quis que conhecesse a corrupção do túmulo Aquela que gerou o Senhor da vida”. Tal como o corpo de Jesus não chegou a conhecer a corrupção do túmulo, o mesmo aconteceu com o corpo de Maria, elevado à glória do céu onde está junto de seu Filho ornada de virtudes e de santidade.
Celebramos ainda a 22 de agosto a glorificação de Maria no Céu, como Rainha e Mãe de toda humanidade redimida por seu Filho Jesus Cristo. A realeza de Cristo e a necessidade de que Jesus reine, para bem da Igreja e da humanidade, encontra na santidade de Maria o privilégio de receber no céu a coroação como Rainha do povo cristão, e agora sentida à direita de Seu Filho cuida da vida espiritual de cada um de nós.
Aquela que foi a humilde serva do Senhor, é modelo de fé, de humildade, de serviço, de alegria e de generosidade.
Esta atitude de Maria transformou a vida de muitos fiéis, como Santa Beatriz da Silva na contemplação de Maria no mistério da Imaculada Conceição, de São Bernardo que cantou as glórias de Maria, com a sua oração e escritos nos ensinou que Ela vem em auxílio do povo cristão nas horas de provação e dificuldade. Recorremos a Maria neste mês de agosto para lhe pedir que se lembre de nós, não nos deixe desamparados, de modo particular neste tempo difícil de pandemia. A vós nos confiamos, entregamos a nossa vida e nos comprometemos a viver na prática da caridade e da solidariedade todos os dias da nossa vida ajudando os nossos irmãos.
† António Luciano,
Bispo de Viseu