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Alegra-te Jerusalém! Esta palavra era na verdade, um novo fôlego, que no exílio ajudou o povo de Israel a regressar à sua terra, para também aí construir o templo do Senhor e celebrar os seus louvores. Este convite é hoje, também para cada um de nós. Para nos alegrarmos sempre no Senhor. Alegrai-vos sempre no Senhor, na presença do Senhor, e caminhai na presença do Senhor.

A alegria, dom que assenta na fé cristã, fundamenta-se na verdade e na certeza da esperança escatológica, que não é uma esperança qualquer, nem tão pouco aquela que o mundo nos oferece, mas a fé no Mistério da Morte e da Ressurreição do seu Filho Jesus Cristo, o bem e a felicidade da bem-aventurança eterna.

A palavra de Deus cumpriu-se. “Porque Deus não enviou o Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele” (Jo.3, 14-21).

O Evangelho, fala-nos desta realidade como a glorificação futura de Jesus Cristo na Cruz, e da glória da sua Ressurreição. “Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito para que todo o homem que acredita n`Ele não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus não enviou o Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. Quem acredita n`Ele não é condenado, mas quem não acredita já está condenado” (Jo 3,14-21). Estas palavras de Jesus repetidas no texto do Evangelho, ecoam no nosso coração e fazem-nos sentir a alegria de sermos filhos de Deus.

Vivendo ainda este tempo de pandemia e de provação, envolvidos em tantos sofrimentos de ordem sanitária, psíquica, económica e social, que afeta as nossas famílias e todas as faixas etárias temos que saber olhar para o alto e contemplar o mistério da salvação, contemplar o sinal, assim como Moisés levantou a serpente no deserto, também o Filho do homem será levantado. É na contemplação de Cristo na cruz, o Crucificado, que no deserto quotidiano da nossa vida, descobrimos e vislumbramos o oásis da Páscoa.

É também neste nosso mundo mergulhado em dores, sofrimentos, e de tantas incertezas e súplicas, que precisamos de fazer um ato de fé, acompanhado de gestos de fraternidade, de solidariedade, de proximidade e de caridade para com todos.

Para fazer este caminho providencial da salvação, itinerário de fé, que nos conduz a Jesus, para celebrar com Ele a Páscoa, a festa do Ressuscitado e recebermos a vida nova e assim podermos dar graças a Nosso Senhor Jesus Cristo, revelador da vida nova e do amor misericordioso do Pai.

 

Viseu, 14 de março de 2021
† António Luciano dos Santos Costa, Bispo de Viseu
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