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Observatório Pastoral

 

Por volta dos anos 40, o Pe. Patrick Peyton concluía, através da dinâmica do Rosário em Família: «A família que reza unida permanece unida!». Agora, a Universidade de Harvard apresenta uma vertente ‘espiritual’ da refeição familiar. A psicóloga Anne Fishel, Harvard, demonstra, os benefícios da refeição familiar:

  1. Nem tudo tem que ser perfeito…

A preocupação não é a sofisticação da comida, mas a unidade familiar. O importante são as questões: É agradável? As crianças sentem-se escutadas quando falam? Existe bom ambiente à mesa?

  1. Nem todos têm que estar presentes… Nem sempre é possível tomar as refeições com toda a família. Estando um dos pais com um dos filhos, pode considerar-se uma refeição familiar. Ainda que seja o pequeno almoço.
  2. As refeições em família reduzem o stress… A investigadora demonstrou que os pais que comem as refeições com os filhos apresentam menos sintomas de stress e menos sintomas de depressão. Facultam uma maior autoestima.
  3. Comer em família melhora o ambiente no casal… A partilha da refeição tem um impacto positivo no controlo do stress e no bem-estar, melhorando a relação matrimonial.
  4. O mito do adolescente solitário… Existe a ideia de que o adolescente prefere estar ausente do convívio familiar. Fishel nega-o com factos, dizendo que 80% dos adolescentes prefere comer com os pais. Sabem que é o melhor momento do dia para passar com os pais. Esta fase etária é a que mais beneficia das comidas em família, porque reduz os comportamentos de risco.
  5. Melhora o rendimento escolar… Um estudo desta Universidade refere que ‘as crianças, em idade pré-escolar, acedem a um vocabulário em que as palavras pouco comuns se multiplicam por 10 para o seu nível. Muitas dessas palavras não as captam nos livros de banda desenhada ou no recreio, e aprendem a ler com mais facilidade. Até ao secundário, inclusive, os jovens que comem em família ‘obtêm melhores qualificações, com mais impacto de que fazer os trabalhos de casa’.
  6. Começar pouco a pouco… Cada vez, são maiores as dificuldades em conseguir comer as refeições juntos. Mas, é preciso organizar e comprometer-se com esta iniciativa. Se não for possível todos os dias, pelo menos possibilitar algumas vezes por semana. Também é importante criar dinamismos e criatividade nas refeições. Provar uma nova comida? Gerar alguma diversão? Mostrar mais interesse pelo dia a dia de cada um? Comentar os acontecimentos da sociedade?…
  7. Sem telemóveis? Depende… Algumas famílias optam por não utilizar estes aparelhos. Outras, consideram o seu uso de forma inteligente e ao serviço do ambiente familiar. Por exemplo, partilhar alguma foto com a família de algo que aconteceu durante o dia, uma mensagem divertida. Pode utilizar-se para ajudar a resolver debates ou dúvidas que surjam.
  8. Não procurar impossíveis… Não é aconselhável imitar épocas passadas. Procurar ‘enfatizar a partilha das tarefas da cozinha e, em vez de uma preocupação por uma comida gourmet perfeita, deve centra-se no que acontece à mesa, na diversão, e em ter uma conversa interessante’.

 

Pe. Virgílio Rodrigues
CategoryDiocese, Pastoral

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