O retiro quaresmal aberto à comunidade, que se realizou no passado sábado, dia 2 de março, no Seminário das Missões, contou com a participação de mais de 30 participantes.
Durante este dia, os presentes usufruíram de palestras, orientadas pelo Padre Xavier Dias, missionário comboniano, acompanhadas por momentos de reflexão e meditação, coletivos e individuais, que incidiram sobre o texto bíblico do Evangelho de São João, no encontro de Jesus com a Samaritana.
Este foi o primeiro retiro aberto à comunidade, organizado pelo Secretariado da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP), da Diocese de Viseu, que teve um “balanço positivo”. “O objetivo deste retiro era que as pessoas aqui presentes se encontrassem na perspetiva do aprofundamento, com a fé e com a vida cristã, nesta fase da Quaresma. À luz da mensagem do Papa Francisco para a Quaresma, o Padre Xavier, orientador do retiro, ajudou este grupo de mais de 30 participantes, entre sacerdotes, religiosos, consagrados e leigos a redescobrir a importância de nos deslocarmos ao deserto, que é o nosso interior e a vontade de nosso Senhor, que nos orienta sobre os rumos e o caminho a seguir na vida cristã”, realçou o Padre Víctor Amorim, presidente do Secretariado da CIRP Viseu.
O retiro contou com a presença do Bispo da Diocese de Viseu, D. António Luciano, que aproveitou a ocasião para realçar a importância da Quaresma como “um tempo privilegiado, um caminho da conversão para entregarmos a nossa vida e a nossa vontade à vontade de Deus”.
Sobre o tema abordado no retiro, ‘Conduzidos ao deserto para sermos saciados’, D. António Luciano explicou que a expressão “deserto” significa “um lugar privilegiado no encontro com Deus, que é o nosso coração”. “Se o meu coração não for entregue a Jesus Cristo, não vou saber qual é a missão que ele tem para mim, por isso é que a Igreja hoje tem um grande desafio: fazer de nós discípulos missionários”, explicou aos presentes.
O Bispo frisou a importância do retiro mensal, orientado ou pessoal, “com um dia de recolhimento, de silêncio, se possível até de penitência, com a adoração ao Santíssimo que é muito importante na vida espiritual”.
Durante a sua intervenção, D. António Luciano pediu, ainda, que se ajude a desmistificar os retiros, já que se tratam apenas “de um encontro com Deus, comigo mesmo, com a natureza, com a Igreja e com os outros”, concluiu.