Open/Close Menu A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

O Bispo da Diocese de Viseu, D. António Luciano, participou, em conjunto com cerca de duas dezenas de cristãos da Diocese, no 5.º Congresso Eucarístico Nacional, que se realizou de 31 de maio a 2 de junho, em Braga.

Com o tema “Partilhar o Pão, alimentar a Esperança. «Reconheceram-n’O ao partir o Pão»”, o Congresso, que aconteceu 100 anos depois da sua primeira edição, reuniu cerca de 1400 participantes, 4 cardeais, 30 bispos, muitos sacerdotes e diáconos, estando representadas todas as dioceses portuguesas.

Para D. António Luciano, a presença da Diocese de Viseu neste Congresso “é muito positiva para todos os que participaram” e que têm agora o desafio de partilhar a vivência espiritual destes dias com as suas comunidades, pedindo que “transmitam todo o conhecimento que lá adquiriram, aplicando-o ao Sacramento da Eucaristia celebrado, comungado, rezado, adorado e testemunhado na vida quotidiana”.

“O mistério da Eucaristia envolve toda a vida humana e vocação cristã e eclesial”, afirma o Bispo, reforçando que “o dinamismo do Congresso Eucarístico vai enriquecer a vida pastoral e eucarística das paróquias”.

“Todos os participantes foram convidados a ser pão repartido pelos mais necessitados, tornando-se fermento que leveda a massa do Corpo da Igreja, de que Cristo é a sua cabeça”, acrescenta D. António Luciano.

Estes dias ficaram marcados por conferências, painéis com testemunhos e workshops. Tiveram, ainda, lugar momentos celebrativos e culturais importantes: Eucaristia, adoração, laudes, vésperas, oração do terço, vigília a Nossa Senhora, cantata eucarística e exposição sobre a vida dos servos de Deus que mergulharam o seu percurso na Eucaristia.

A Peregrinação Arquidiocesana ao Sameiro, que começou de manhã junto à Sé de Braga, marcou o encerramento do evento, com a celebração da Eucaristia no Santuário, no final da procissão, presidida pelo Cardeal D. Tolentino Mendonça, que contou com a presença de milhares de peregrinos.

 

Conclusões do 5.º Congresso Eucarístico Nacional

Em nota enviada às redações, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) dá a conhecer algumas linhas orientadoras para a Igreja em Portugal, como resultado deste congresso, em ano de oração convocado pelo Papa e em pleno processo sinodal, depois da JMJ Lisboa 2023 e antes do Jubileu de 2025 – “Peregrinos da Esperança”:

  1. Redescobrir que a centralidade eucarística vai para além do Domingo. A Eucaristia deve ser preparada e celebrada como verdadeiro encontro com Cristo Ressuscitado, evitando que seja apenas o cumprimento de um preceito. Para uma presença alegre, consciente, ativa e frutuosa da celebração urge uma mais cuidada formação litúrgica;
  2. Manter as igrejas abertas e revalorizar a adoração eucarística. Os horários de abertura das igrejas devem ser adequados ao ritmo do mundo de hoje, procurando estimular os momentos de oração pessoal e envolver os leigos, confrarias do Santíssimo Sacramento, catequistas e demais agentes pastorais na dinamização dos momentos de adoração eucarística comunitária;
  3. Procurar o equilíbrio entre a tradição e a necessidade de introduzir novas linguagens na liturgia, integrando os jovens nesse processo de renovação e adequando a espiritualidade cristã aos ambientes digitais e ao mundo secularizado;
  4. Reforçar a Eucaristia como escola de fraternidade e sacramento de unidade. O encontro comunitário na celebração do Domingo ultrapassa todas as fronteiras. Ao partilhar o pão, na mesa do altar, tornamo-nos companheiros de caminho e somos chamados a criar comunhão. A Eucaristia convoca todos, está aberta a todos e não afasta ninguém;
  5. Garantir a autenticidade e coerência entre o que se vive e anuncia. Quem participa, celebra e comunga tem de se sentir comprometido e impelido à missão. A Eucaristia celebrada na igreja tem de ser expressa para além das suas portas, através das respostas reais às necessidades concretas das pessoas, estendendo o seu abraço a todos, especialmente aos mais pobres, indefesos e os que estão afastados;
  6. Assumir a sinodalidade a partir da Eucaristia como lugar onde a Igreja se renova na comunhão, na participação e na missão;
  7. Ser sinal de Esperança. O amor dos crentes à Eucaristia acreditada, celebrada, adorada e vivida consolida a fraternidade, promove o perdão e a paz, tornando-se fonte inesgotável de esperança para o mundo.

Neste 5.º Congresso Eucarístico Nacional ficou também patente o desejo de uma periodicidade mais regular na sua realização, esperando que seja um contributo para a construção da paz, da esperança e um veemente apelo à promoção de uma ecologia integral.

 

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