Open/Close Menu A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

O processo de canonização da Beata Rita Amada de Jesus, fundadora do Instituto Jesus Maria José, situado em Jugueiros, Viseu, foi avaliado na Casa Episcopal, durante a manhã de ontem, dia 31 de julho. A reunião de trabalho serviu para fazer um ponto de situação em que este se encontra e para acolher o novo postulador da Causa da Canonização, Monsenhor Fernando Matos, da Diocese de Vila Real e residente em Roma.

Este encontro, que teve como anfitrião o Bispo da Diocese de Viseu, D. António Luciano, contou com a presença do Monsenhor Fernando Matos, da vice-postuladora, irmã Leonir Tomazi, da irmã provincial, Maria do Céu, da ecónoma, Maria Salete, do Padre Jorge Lopes, reitor da Igreja da Beata Rita, em Ranhados, Viseu, e do Vigário Geral da Diocese, Cónego Carlos Casal.

Foi a primeira vez que o postulador Monsenhor Fernando Matos, nomeado em outubro do ano passado, teve um contacto direto e mais aprofundado sobre a história da Beata Rita Amada de Jesus, inteirando-se de todo o processo em curso e da importância da obra desta Beata que dedicou toda a sua vida em prol da família e da Igreja. Na reunião referiu que se “sente impelido a conhecer mais profundamente esta figura extraordinária, que continua presente apesar de ter passado mais de um século”.

Deste encontro ficou a confiança de que o processo de canonização está a seguir os trâmites normais, sendo que nesta fase é importante “dar a conhecer a vida e obra da Beata Rita, que perdura no tempo através do Instituto Jesus Maria José”, para que surjam mais relatos de pessoas que recorreram a ela e seja identificado um milagre necessário para que a canonização se concretize, como avançou o postulador. “O milagre deve corresponder a uma situação que tenha as características de uma intervenção divina e imediata, que na maioria dos casos se manifesta na cura de uma doença, por exemplo, com sinais fortes de que esta intervenção divina aconteceu por intercessão da Beata Rita. Quando se tomar conhecimento desse milagre, nós apresentamos este facto à Santa Sé, devidamente fundamentado com documentação médica e testemunhas credíveis, para o qual não haja explicação científica”, contextualizou, adiantando que todo o processo está, “acima de tudo, nas mãos de Deus”.

A divulgação da obra da Beata Rita Amada de Jesus é um esforço que já tem vindo a ser feito pela congregação, como adiantou a Vice-Postuladora, a irmã Leonir Tomazi. “Neste momento estamos a divulgar o máximo que podemos da vida da Beata Rita através de devoções, para que as pessoas peçam os milagres. A divulgação é uma forma de chegarmos mais longe e de a levarmos a quem precisa de conhecer o seu testemunho e a sua graça”, adiantou. “A condição para a canonização que a Santa Sé exige é um milagre e o nosso trabalho é divulgar para que as pessoas relatem as graças recebidas. Temos recebido muitos relatos, só que têm de cumprir os critérios que a canonização exige”, referiu.

O Bispo da Diocese de Viseu reforçou o compromisso, em seu nome pessoal e da Diocese de Viseu, para continuar a apoiar esta causa, “que está a fazer o seu percurso normal dentro daquilo que são as etapas estabelecidas”, realçando que “o projeto de canonização é um projeto da Igreja”.

D. António Luciano referiu, ainda, a importância de trazer a Beata para os dias de hoje como um exemplo de inspiração para as mulheres e para a Igreja. “É um exemplo pela sua personalidade humana, cristã e religiosa, tendo sido uma mulher do povo que, no meio de tantas dificuldades, foi um modelo como apóstola da Eucaristia, do Rosário e da família”, referiu.

Na reunião confidenciou que tem pedido à Beata Rita um grande milagre espiritual que a Igreja necessita, nomeadamente a Diocese, para que esta seja canonizada, mas que também ajude a Diocese no caminho de pedir ao Senhor novas vocações.

Este encontro ficou assim marcado como “um sinal de comunhão e esperança” entre todas as partes envolvidas com o objetivo de trabalharem juntas para alcançar a tão deseja canonização, como destacou a irmã Leonir Tomazi, agradecendo ainda o apoio da Diocese de Viseu em todo o processo, nomeadamente a D. António Luciano, “pelo seu incentivo e inúmeros esforços feitos ao longo deste caminho”.

Para a irmã Maria do Céu, tratou-se, ainda, de um momento de reflexão e de motivação para se dar a conhecer a sua obra. “Saímos daqui mais entusiasmadas e queremos que seja mais conhecida, trazendo-a para o núcleo das famílias. Para que o milagre aconteça, precisamos de envolver mais gente que seja devota da Madre Rita e que se sinta atraída pelo carisma e missão que ela nos deixou”, confidenciou.

Por fim, foi ainda dado a conhecer nesta reunião, pela irmã Salete, que o Instituto está a delinear um projeto artístico para dar mais visibilidade à Madre Rita na sua Igreja, em Jugueiros, que será “centrado no carisma, espiritualidade e missão da fundadora e da sua obra, que vai abranger a dimensão espiritual, com uma vertente artística de arte contemporânea”.

Nesta vinda a Viseu, foram ainda apresentados ao novo postulador a Igreja da Beata Rita Amada de Jesus, a Casa Memorial e Igreja de Ribafeita, com o acompanhamento de Fátima Eusébio, coordenadora dos Bens Culturais da Diocese de Viseu.

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