A Santa Casa da Misericórdia de Viseu assinalou o ‘Dia da Misericórdia’, tendo homenageado os Beneméritos e Irmãos falecidos na Missa de Ação de Graças e Sufrágio, presidida pelo Bispo de Viseu, no passado domingo, 23 de novembro.
A celebração decorreu na Igreja da Misericórdia, em Viseu. Na homilia, o Bispo felicitou a instituição e recordou que “todos devemos olhar para os pobres e cuidar deles como Jesus fez, com humildade, desprendimento, simplicidade, empatia e proximidade”.
“Num tempo marcado por tanta solidão e fragilidades, o trabalho desenvolvido pela Santa Casa da Misericórdia de Viseu recorda-nos a importância de existirem lugares como este, onde há quem cuida e dá resposta, promovendo a dignidade da pessoa humana, com respeito, presença e escuta. O que aqui se faz é mais do que dar assistência, é semear a esperança”, frisou D. António Luciano.
O Bispo implorou, ainda, “a proteção da Senhora da Misericórdia e as maiores bênçãos e graças para a instituição e para todos os que dela beneficiam”.
O Dia da Misericórdia foi celebrado no fim de semana passado, com dois dias de programação, que reuniram Irmãos, colaboradores e a comunidade em geral, promovendo momentos de cultura, memória e valorização institucional.
No sábado, a Igreja da Misericórdia recebeu um concerto apresentado pela Classe de Conjuntos do Conservatório de Música Dr. Azeredo Perdigão, que contou com uma participação expressiva.
No domingo, além da celebração da Missa, realizou-se uma visita guiada ao Museu da Misericórdia. As celebrações culminaram com um almoço no Jardim de Inverno da Residência Rainha D. Leonor. Durante o almoço, foi distinguido como Irmão Honorário António Figueiredo Lopes, pelo relevante contributo e dedicação à instituição.
Foram igualmente reconhecidos os colaboradores que se aposentaram ao longo do ano, num gesto de agradecimento e valorização do serviço prestado.
O Dia da Misericórdia reforçou o compromisso da Misericórdia de Viseu com a sua missão, a sua história e os seus valores. “Perante os novos desafios que se colocam às Misericórdias, surgem também oportunidades que não podemos ignorar. O nosso compromisso passa por fortalecer a missão de sempre, mantendo vivos os valores que nos definem há séculos, mas sabendo adaptá-los ao ritmo do tempo. É essencial cativar novos Irmãos, pessoas que se identifiquem com o propósito de servir, de estar presente e de fazer a diferença na comunidade. Ao mesmo tempo, importa preservar a experiência, a memória e a entrega daqueles que nos acompanham há muitos anos. Só assim conseguimos garantir continuidade, solidez e futuro”, reforçou o Provedor, Nuno Carrilho.
O responsável adiantou, ainda, que “a Misericórdia de Viseu quer ser uma instituição aberta, moderna e acolhedora, consciente do legado que herdou, mas pronta para inovar e dar novas respostas.”