Iniciativa antecede Jornada Mundial da Juventude de 2019.
O Papa enviou uma mensagem ao primeiro Encontro Mundial da Juventude Indígena, que decorreu em Ngäbe-Bugle, Diocese de David, no Panamá, como preparação para a JMJ 2019, reunindo mais de mil jovens indígenas de diferentes partes do mundo.
“Queridos jovens, peço-vos a este encontro, que reúne centenas de jovens de diferentes povos indígenas, sirva para refletir e celebrar a vossa fé em Jesus Cristo a partir da antiga riqueza das vossas culturas nativas”, refere Francisco, numa intervenção divulgada hoje, através do YouTube.
Francisco denuncia situações “escandalosas” de marginalização, exclusão, descarte e empobrecimento que atingem milhões de jovens, especialmente jovens dos povos indígenas.
Voltar às culturas de origem. Cuidar das raízes, porque das raízes vem a força que as fará crescer, florescer e dar frutos. Além disso, deve ser uma forma de mostrar o rosto indígena da nossa Igreja, na atmosfera da JMJ, e afirmar o nosso compromisso de proteger a nossa casa comum e ajudar a construir um outro mundo possível, mais justo e mais humano”.
O Papa agradece a realização deste evento, à Seção Pastoral Indígena da Conferência Episcopal do Panamá, apoiada pelo CELAM, com um lema inspirado numa frase pronunciado pelo próprio Francisco após a Jornada Mundial da Juventude de Cracóvia, em julho de 2016: ‘Tomamos a memória do nosso passado para construir a esperança, com coragem’.
A mensagem deixa votos de que esta iniciativa inédita possa ser “uma oportunidade para responder ao convite feito à juventude, noutros momentos, para que sejam gratos pela história dos seus povos e corajosos perante os desafios”.
Francisco despede-se com votos de um reencontro, em breve, no Panamá, onde chega na próxima quarta-feira para presidir aos momentos conclusivos da Jornada Mundial da Juventude de 2019.
G.I./Ecclesia:OC