O Bispo da Diocese de Viseu, D. António Luciano, presidiu ao final da tarde de hoje, 23 de abril, à Eucaristia de sufrágio pelo Papa Francisco, na Catedral.
Nesta celebração de memória e homenagem, onde foi recordado o pontificado do Santo Padre, o Bispo referiu-se a ele como “exemplo do que deve ser uma Igreja sinodal”.
Na sua homilia, D. António Luciano recordou, com tristeza, a partida do Papa para a Casa do Pai, na passada segunda-feira, dia 21 de abril. “Deus chamou o Papa do povo, que viveu os valores do Evangelho a favor dos pobres e marginalizados, na Igreja e na sociedade. É conhecido por ter um coração cheio de ternura e compaixão, próximo de todos”, enalteceu.
Refletindo sobre a Palavra de Deus, o Bispo citou o livro dos Atos dos Apóstolos, em que Pedro disse ao coxo de nascença: “Não tenho ouro nem prata, mas dou-te o que tenho: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda. E tomando-lhe a mão direita levantou-o”. “Também este gesto de Pedro tornou-se visível e palpável na pregação, no ensinamento, na ternura, na proximidade e na compaixão demonstrada pelo Papa Francisco. Por isso, é que muitos crentes e não crentes o estimam tanto e louvam a Deus agradecendo o dom da sua vida”, disse.
D. António Luciano pediu aos fiéis que “imitem o exemplo e o testemunho do Santo Padre” e que a Igreja continue a ver no seu legado a esperança para o futuro, “à semelhança dos discípulos de Emaús, que se encontraram com o Ressuscitado e anunciaram ao mundo a Ressurreição de Jesus”. “Este é o grande testemunho de vida do Papa Francisco que na manhã de segunda-feira da Oitava da Páscoa partiu para a Casa do Pai”, sublinhou.
Na celebração, o Papa Francisco foi ainda recordado como sendo “um defensor de grandes causas de todo o género humano e construtor de uma sociedade justa, fraterna e em paz”. “Foi um Papa para todos, todos, todos, desafiando os cristãos a anunciar ao mundo a Alegria do Evangelho. Entregou toda a sua vida a Deus e à Igreja até ao último momento da sua existência e fez do seu ministério petrino uma profecia de fé e de esperança. Empenhou-se na transformação e renovação da Igreja em caminho sinodal, na comunhão, na participação e na missão”, recordou D. António Luciano.
“Continuemos a dar graças a Deus e a sufragar a alma do Papa Francisco, rezando pela Igreja e pelo futuro sucessor de Pedro. Lembramos, ainda, a sua grande devoção a Nossa Senhora, Salvação de todo o ser humano. Que Santa Maria, Salvação do povo romano, continue a Sua missão de Mãe. Porque todos temos Mãe”, apelou.
O Bispo lembrou, ainda, que em todas as paróquias e comunidades deve continuar a celebrar-se a Eucaristia pelo Papa Francisco, de um modo particular no próximo sábado, onde o mesmo também irá presidir à Eucaristia na Catedral, às 17h30. Apelou, ainda, para que se continue a tocar o sino, às 12h00, em todas as igrejas e capelas em memória do Papa Francisco, até ao próximo sábado.
O Prelado terminou a homilia pedindo à assembleia presente “para implorar à Divina Misericórdia a recompensa dos trabalhos apostólicos do Papa Francisco”.
Galeria de fotos e homilia disponíveis na página do Facebook da Diocese de Viseu.